Hoje eu vou falar sobre maturidade. É uma palavra presente em cada pessoa que conhecemos, seja pela falta, ou pelo excesso. Ou quem sabe, pelo equilíbrio.
O fato é que nós sempre nos queixamos daqueles que não são como nós. Aqueles que não levam nossos sentimentos a sério nas situações do dia-adia. E nós o tachamos de Imaturos. As pessoas de bom coração e as crenças nos dizem que devemos sempre ter um coração de criança. Um coração puro, para que possamos acolher e se deixar ser acolhido, não guardar mágoas, ver a vida como algo lindo, como uma 'brincadeira'.
Mas o mundo pede para que tenhamos uma maturidade sólida! A vida tem escolhas difíceis, ou nem tanto, mas que nós a tornamos. A maturidade vem conforme os anos, mas não vem em forma de rancor e mágoas. Ela chega quando nós temos uma paz de espírito de compreensão, nada se torna imaturo quando se tem compreensão e amor.
O mundo precisa de mais enternecimento! Está tudo muito cinza, muito frio. As pessoas se colocaram numa situação em que não pode mais ter piedade, consciência íntima, ter a certeza de que se pode errar sem ressentimentos.
A maturidade não chega quando descobrimos que o mundo não é feito só de paz e coisas boas, não chega quando descobrimos o amor, não chega quando nós nos decepcionamos ou perdemos um emprego, não chega quando descobrimos os desejos da vida, e não chega quando alguém nos diz que somos...
A maturidade vem quando nós reconhecemos o real valor da vida. Onde aqui ninguém é igual, é uma escala de hierarquia. Está achando isto errado? Não!! A maturidade assume isto. Mas não assume mais do que o valor de sermos todos iguais internamente, a ponto de termos o dever de agir de forma digna com os sentimentos de nossos semelhantes.
Autora: Beatriz Braga Pereira